A Netflix lançou nesta quarta-feira (11) o documentário Titan: O Desastre da OceanGate, que examina a fundo um dos episódios mais trágicos e controversos da exploração submarina recente. Com quase duas horas de duração, o filme relembra o caso do submarino experimental Titan, que implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic em 2023.

Criado por Stockton Rush, fundador da OceanGate, o Titan foi desenvolvido com o objetivo de democratizar o turismo submarino de alto risco. No entanto, o documentário mostra que o projeto nasceu com falhas estruturais graves e decisões técnicas arriscadas, como o uso de fibra de carbono em vez de materiais mais resistentes como o aço. A escolha foi motivada pela tentativa de reduzir custos, mas acabou selando o destino da embarcação.

Dirigido por Mark Monroe, o longa traz entrevistas com especialistas, ex-funcionários da OceanGate e pessoas próximas ao projeto. Entre eles está David Lochridge, ex-diretor de operações da empresa, que foi demitido após alertar sobre falhas de segurança. Para Monroe, o documentário também é um esforço para esclarecer os bastidores da tragédia e mostrar como a pressão para entregar resultados acabou contribuindo para o desastre. “Esperamos que esse filme possa oferecer respostas a diversas questões”, declarou o cineasta ao portal Tudum.

A implosão do Titan matou instantaneamente os cinco ocupantes do submarino, incluindo o próprio Stockton Rush, o especialista francês Paul-Henri Nargeolet e três turistas que pagaram US$ 250 mil cada pela experiência. A aparição de destroços no fundo do Atlântico confirmou que não houve sobreviventes. Titan: O Desastre da OceanGate oferece um olhar crítico sobre a tragédia e os limites da inovação em nome do lucro e da fama.

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